A gota d’água

Este mês de junho é rico em devoções ao Sagrado Coração de Jesus. Depois de festejarmos a Mãe do Redentor, Ela parece nos dizer que recebeu as homenagens como preparação para chegar mais facilmente ao Coração de seu Divino Filho: “Ad Jesus per Mariam”, a Jesus por Maria. E, realmente é assim:

Um dia em Canaã da Galileia o Senhor mudou água em vinho a pedido de sua Mãe, tornando eficaz sua participação naquela festa, para gáudio de todos. Hoje, no Altar, a água de nossa frágil natureza humana é dissolvida no Sangue do Filho de Maria.

Certamente os fiéis terão observado que, à hora da apresentação das oferendas na santa missa, ao preparar a matéria para a Consagração, o sacerdote coloca vinho no cálice e lhe mistura uma gota de água. São Cipriano, bispo de Cartago, no século terceiro, faz notar que a água é indispensável na missa porque representa “a participação do povo cristão na oblação de Nosso Senhor”

Mas o que é uma gota de água? Um insignificante nada. E esse nada somos nós, precisamente isso…, mas, na hora da Consagração, a gota d’água será transubstanciada com o vinho no Sangue de Cristo, fazendo-nos um só com Ele.

Quanta humildade! Que doce confiança! Cristo quis unir-se à nossa pobre humanidade não para nos tornar mais alegres como no casamento de Canaã, mas para que sempre contemos com Ele; mais que, ao nosso lado, está dentro de nós, de tal modo que possamos exclamar como São Paulo: “Tudo posso naquele que me conforta!”.

Das anotações do Padre José.

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