Sacerdócio: valor inestimável para as famílias e a sociedade!

Cristo chama todos à salvação, deseja estar unido a alma de todos os homens eternamente, e, por esse motivo, Ele padeceu e morreu na Cruz.  Ele nos oferece diversos caminhos para nos levar a essa união com a nossa alma, que se realiza de maneira perfeita e plena no Céu. Assim, para atingir esse fim, Ele oferece a cada alma dons específicos vinculados com a missão que cada um deve realizar em sua vida terrena.

Tais missões variam de acordo com o estado de vida de cada indivíduo; algumas delas assumem um caráter de vocação.  Mas seja como for, todas as vocações tem como finalidade a salvação, e cada uma delas deve ser respondida com generosidade e fidelidade. Mas, entre essas vocações, existem algumas mais elevadas, e, dentre elas, destaca-se a vocação sacerdotal.

O sacerdote é um escolhido por Deus para ser seu ministro em meio aos homens, sendo justamente essa escolha divina que oferece ao sacerdócio a sua grandeza e lhe garante graças elevadas e profundas para o exercício de tal missão. Tais graças não repousam apenas sobre o sacerdote, mas também sobre a família e a sociedade, é por isso que a questão das vocações sacerdotais é uma das mais urgentes nos tempos atuais. Assim se faz necessário falar sobre este tema com verdadeiro zelo e de forma constante.

 Os títulos humanos conferem às famílias grande honra, orgulho e distinção, contudo, muito mais honradas e elevadas são as famílias quando se trata de um título de nobreza divina, como o que o sacerdócio confere.  Toda a família vê-se honrada no sacerdote.  Essa nobreza recai necessariamente sobre os familiares, pais, avós, irmãos e irmãs, em cujas veias corre o mesmo sangue.

A família toda vincula-se ao sacerdócio do padre que teve origem nesse seio familiar, mesmo que estes não sejam católicos ou levem uma vida distante de Deus. De alguma maneira, em algum grau, a graça sobrenatural lhes alcança.  O sacerdote é a luz do mundo, e essa luz ilumina, mesmo que indiretamente, a família de cujo seio ele saiu. Que grande honra para uma família ser objeto do olhar divino e poder oferecer à Igreja e ao mundo um sacerdote.

Por causa dos seus sacerdotes, Cristo olha com benevolência as sociedades e as nações, e se dispõe a abençoá-las. Quando do seio da sociedade surge um novo sacerdote, a sua benevolência redobra, pois ali se acende um foco novo de vida e de virtude divinas.

Multiplicar os sacerdotes é, pois, para a sociedade, algo muito valoroso, contudo, em um mundo cada vez mais secularizado, essa fala parece algo utópico ou referente a tempos passados. Mas a indiferença ou o ateísmo que nos circundam não mudam a verdade, não alteram essa realidade. Não é porque o ateu não crê em Deus que Ele deixa de existir. Não é porque a maioria vive como se não fosse morrer que os homens deixam de morrer.

É necessário que haja homens consagrados para Deus e para os outros que intercedam em favor dos pecadores e pela salvação das almas, para tocar o coração de Deus e abrandar, pela misericórdia e amor, os males que a sociedade merece receber. Por vocação, o sacerdote é colocado como um para-raios entre o Céu e a Terra, para fazer desviar o raio e torná-lo inofensivo ao mundo. Ele não faz isso por seu próprio poder, mas pelo poder contido no seu sacerdócio, que tem origem divina.

Assim, do ponto de vista humano, o sacerdote ocupa uma posição honrosa na sociedade; contudo, o sacerdote está para além dessa dignidade terrena, pois sua grandeza se fundamenta em uma graça particular que ele recebe gratuitamente da bondade de Cristo. De origem sobrenatural, a escolha que Cristo faz de seus ministros é na verdade um grande e precioso dom sobrenatural, fruto do seu amor, do qual nenhum homem é digno, mas que deve ser correspondido com espirito de fé, gratidão e com desejo ardente de lhe ser fiel.

Se a menor de todas as graças possui um valor enorme em nossa alma, pois é fruto dos merecimentos e sofrimentos de Jesus, o que podemos dizer então da graça sacerdotal?  Ela eleva a alma a uma dignidade tão sublime e lhe confere poderes e graças grandiosas – e por que não dizer, divinas.

O Sacerdócio é o prolongamento de Jesus no mundo, é a continuidade de sua missão e sua presença em meio a nós. Trata-se de um homem que se reveste de Cristo e age em seu nome. Dessa vocação, muitas graças são hauridas para a sociedade humana e para as famílias. Por isso rezemos sempre pelas vocações.

“Enviai, Senhor, operários para a vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários” (Lc 10, 2).

Pe. Alysson Antunes Carvalho

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