Santo Ambrósio e o perdão dos pecados

“O Senhor nosso Deus criou os Céus e leio que não descansou; ele criou a Terra e leio que não descansou; ele criou o Sol, a Lua e as estrelas, e mesmo assim leio que não descansou; mas criou o homem e, nesse ponto, li que descansou, tendo um ser a quem perdoar os pecados”. É uma frase bem conhecida de Santo Ambrósio, dedicada à misericórdia de Deus. Santo Ambrósio escreve na sua obra De Iacob: “Não me gloriarei porque sou justo, mas me gloriarei porque fui redimido. Eu me gloriarei não porque estou sem pecados, mas porque meus pecados foram perdoados. A inocência me tornou arrogante, a culpa me tornou humilde”.

Santo Ambrósio no Exameron (outra obra sua) fala sobre a negação de Pedro e, como este, depois que Jesus olhou para ele, “enxuga a culpa com lágrimas amargas”. O santo bispo de Milão, Ambrósio, continua: “Olha para nós também, Senhor Jesus, para que também nós possamos reconhecer nossos erros, lavar nossas culpas com lágrimas de arrependimento, merecer o perdão de nossos pecados”.

Bela também é a invocação no livro De paenitentia: “Acima de tudo, concede-me a graça de partilhar a dor dos pecadores em comunhão íntima: esta é a virtude suprema. Sempre que alguém caiu no pecado, concede-me ter compaixão dele, não para repreendê-lo com arrogância, mas para gemer, chorar com ele”. Na Vida de Ambrósio, Paulino escreve que o bispo: “cada vez que alguém, para receber penitência, lhe confessava as suas faltas, chorava de tal maneira que também o levava às lágrimas; de fato, parecia-lhe que havia caído junto com aquele que havia pecado”.

Pe. Vittorio Saraceno (anotações)

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