Virgem e mártir
Os relatos dos mártires da Igreja primitiva constituem umas das páginas mais grandiosas do Cristianismo. O termo “mártir” vem do grego “martys”, que significa “testemunha”. Na terminologia teológica este mesmo termo, já desde os primeiros séculos, designa a pessoa que tenha dado testemunho em favor de Cristo e de sua doutrina com o sacrifício da própria vida.
Ainda hoje, no calendário litúrgico, grande parte dos santos venerados pertence aos mártires dos primeiros séculos. Um dos textos mais irrecusáveis, por ter sido redigido no momento em que os fatos se produziram, trata do “Processo dos Mártires Scilitanos”.
Naqueles idos governava a Igreja Católica o Papa Santo Eleutério (174-189); na sede episcopal de Cartago estava Santo Agripino; em Roma era imperador Aurélio Cómodo, jovem de 19 anos, vaidoso, frívolo, cujo prazer era ver os cristãos na boca dos leões. Esse era o panorama da Igreja e do Estado no dia 17 de julho do ano 180, quando no burgo de Scili foram presos 12 fiéis e levados a Cartago para serem julgados por serem cristãos.
Compareceram à sala de audiências: Esperato, Natzalo, Citino, Donata, GENEROSA, Secunda, Januária, Vetúrio, Felix, Acelino, Letâncio e Vestia. O procônsul Saturnino tentou convencer o grupo de cristãos a jurar pela divindade do Imperador e assim obter o perdão. Todos juntos disseram que queriam continuar sendo cristãos: “A ninguém tememos, a não ser ao Senhor nosso Deus, que está no Céu. Nós conhecemos o verdadeiro Deus, o verdadeiro Imperador dos povos.”
Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou: “Ordeno que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados por declarar-se cristãos e recusar-se a tributar honra e reverência divina ao Imperador Aurélio Cómodo”.
E foi assim que receberam juntos a coroa do martírio. Ao ler a narrativa das Actae Martyrum, a impressão que se nos impõe é a de uma coragem sublime bem acima das forças humanas. Assim cantamos o seu hino:
“Do martírio sangrento da arena,
Junto ao trono de Deus foi viver,
Generosa de aromas divinos,
Abençoai-nos, ó nossa Padroeira, Amém!”
Nossa igreja possui uma relíquia de Santa Generosa, partícula de osso (“ex ossibus”) trazida de Roma, com o respectivo documento de autenticidade, “pelos bons ofícios do Revdo. Padre Francisco Freire de Moura Filho, Capelão Militar de Força Expedicionária Brasileira, quando da 2ª guerra mundial”. (Do Livro Tombo). Fonte: Estudos feitos pelo Mons. Paine (Padre José).
Na Paróquia, todo dia 17 de cada mês, o Padre dá a bênção aos fiéis com a relíquia da Santa após as Missas.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Pinterest(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)